Uma (boa) parte da história da F. 1 reunida na Colecção Ecclestone


Vendas – caso a caso e não em leilão – começará no próximo ano.


Mais de 70 anos de Fórmula 1 representados por 69 automóveis. É um resumo possível do que é a Colecção Ecclestone, que começará a ser vendida no próximo ano, pela mão de Tom Hartley Jnr.

Hoje com 94 anos, Ecclestone entendeu ser a altura para se desfazer dos 69 F. 1 que reuniu ao longo de meio século.

Um ano antes de ter arrancado o Campeonato do Mundo de Fórmula 1, em 1950, um jovem de 19 anos estreou-se na Fórmula 3, ao volante de um Cooper Mk V. Venceu várias corridas em Brands Hatch e, quase dez anos mais tarde comprou dois chassis Connaught, com os quais tentou, sem êxito, a qualificação para os Grandes Prémios do Mónaco e da Grã-Bretanha, em 1958.

Terá sido aí que Bernie Ecclestone decidiu que o seu futuro, estando no Automobilismo, não se encontrava no papel de piloto…

Tornou-se, então, agente de pilotos, nomeadamente daquele que viria a ser o único campeão a título póstumo (em 1970), Jochen Rindt.

Em 1972 comprou a Brabham e 15 anos mais tarde fundou a Formula One Group, vindo a tornar-se o “dono” da Fórmula 1, posição que manteve até 2017.

Toda esta história, a história de Bernie Ecclestone, está espelhada na colecção que reuniu, na qual, naturalmente os Brabham estão em maioria – alguns nunca mais foram vistos, desde que deixaram de competir –, sendo surpreendente a quantidade de modelos da Ferrari.

Automóveis como o 375 F1, com o qual Alberto Ascari venceu o Grande Prémio da Itália de 1951, o primeiro dos míticos 312 e também os monolugares conduzidos pelos campeões do Mundo Michael Schumacher, Niki Lauda e Mike Hawthorn.

Se os Branham contam toda a história da equipa – incluindo o BT52, como qual Nelson Piquet se sagrou campeão em 1983 e que foi testado pelo então jovem Ayrton Senna –, há depois toda uma variedade de automóveis icónicos.

Modelos como o Maserati 250F, o BRM P261 com o seu motor de 16 cilindros ou o Vanwall VW10, com o qual Stirling Moss venceu, entre outros, o Grande Prémio de Portugal de 1958.

Isto só para citar alguns.

Um dos maiores especialistas em vendas de automóveis Clássicos Desportivos, Tom Hartley Jnr., foi o eleito para vender toda a colecção, algo que promete começar a fazer em 2025, não num leilão, mas em vendas “peça a peça”.

O valor total? Ninguém sabe ao certo, mas há quem fale num máximo de 600 milhões de euros. Parece um valor demasiado elevado, mas só o mercado saberá…


Foto e vídeo: Tom Hartley Jnr. 

Uma (boa) parte da história da F. 1 reunida na Colecção Ecclestone Uma (boa) parte da história da F. 1 reunida na Colecção Ecclestone Reviewed by Auto Vintage on 5.12.24 Rating: 5

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