Pedro Bastos Rezende, em Porsche 911 3.0 RS, repetiu o êxito do ano passado.
No final dos 250Km do Estoril, o organizador Diogo Ferrão dizia que “há corridas em que tudo corre bem”. O mesmo, por motivos diferentes, poderia afirmar Pedro Bastos Rezende, que, com o Porsche 911 3.0 RS preparado pela Garagem Aurora, repetiu o triunfo do ano passado.
Rezende tornou-se o quarto duplo vencedor dos 250Km do Estoril, inscrevendo pela segunda vez o seu nome no “Hall of Fame” de vencedores da prova, juntando-se à dupla alemã Georg Nolte-Frank Stippler, aos portugueses Carlos Barbot-Diogo Matos e à dupla germano-dinamarquesa Patrick Simon-Lars Rolsner.
O piloto do Porsche 911 3.0 RS preparado pela Aurora Motorsport deixou logo um aviso à navegação quando, contra todas as expectativas, conquistou a pole-position, superando por escassas nove centésimas de segundo Paulo Lima, em Ford GT40, e relegando para a segunda linha da grelha de partida o outro Ford GT40, de Christian Oldendorff, e o Porsche 911 2.8 RSR, da dupla composta por Paul Daniels (ex-WEC), e Markus Palttala (ex-FIA GT).
A corrida, que teve mais de duas horas de duração, decorreu sem interrupções e com um ritmo muito intenso nas primeiras voltas, imposto pelos automóveis da frente do extenso pelotão. Christian Oldendorff e Paulo Lima rapidamente saltaram para a frente, reeditando um duelo antigo na pista do Estoril, ao passo que Pedro Bastos Rezende se colocou na posição de observador, imprimindo o seu próprio ritmo.
Um pouco atrás, as posições estabilizavam-se com o decorrer da corrida, com Ricardo Megre a subir duas posições até ao quarto lugar, rodando com o Porsche 911 3.0 RS, que partilhou com Frederico Brion Sanchez, à frente de Markus Palttala e do Bizzarrini 5300 GT da Equipe Europe, com o qual o duo alemão Volker Hichert- Bjorn Ebsen vinha a escalar posições.
O abandono prematuro de Paulo Lima, que à segunda volta passara a liderar a corrida, deixou na frente da corrida Christian Oldendorff, piloto que após as primeiras paragens nas boxes e reabastecimentos, perderia a liderança para Bastos Rezende, à 13ª volta, para a recuperar dez voltas depois, com o piloto português receber uma penalidade de “drive-through” por desrespeitar os limites de pista.
Com a entrada na segunda metade da corrida, e as equipas com diferentes estratégias, mais três duplas, todos elas em Porsche, passaram pela cabeça do pelotão: Paul Daniels-Markus Palttala, Brion Sanchez-Ricardo Megre e Jesús Fuster- Jorge López.
No “sprint” final, Bastos Rezende assumiu o primeiro lugar, nas últimas dez voltas, e nunca mais largou essa posição, cortando a linha de meta com pouco mais de dois segundos de avanço sobre Christian Oldendorff, conquistando o triunfo na corrida.
Ainda na volta do vencedor (mais nenhuma equipa o fez), Paul Daniels e Markus Palttala foram os terceiros classificados, já a 1:50:23 de Rezende.
Com dissemos, no final da corrida, Diogo Ferrão, o organizador do Iberian Historic Endurance, comentou no final: “Existem realmente provas em que tudo corre bem. Com 49 inscritos, conseguimos ter uma corrida que, ao longo de 120 minutos, não teve sequer uma situação de Safety-Car”.
E acrescentou: “Por vezes, sou bastante exigente com os pilotos e com a organização desportiva dos circuitos, mas desta vez todos colaboraram e conseguimos realizar uma prova sem qualquer problema”.
Depois de mais uma temporada de enorme sucesso, em que a competição de clássicos mais prestigiada do sul da Europa visitou novamente alguns dos melhores circuitos e eventos europeus, o Iberian Historic Endurance regressa em 2025, com o calendário e outras novidades a serem anunciados nos próximos dias.
Fotos: Rui Correia
Paul Daniels-Markus Palttala
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