Solidariedade no leilão de Las Vegas não chegou “levantar asas” e bater recorde.
Qualificar como “barato” um automóvel que acaba de ser arrematado por 2,4 milhões de dólares é sempre questionável. E, no entanto, o último Mercedes-Benz 300 SL Gullwing a ter sido fabricado não só não bateu o recorde para o modelo como nem chegou ao mínimo estimado.
Anunciado pela RM/Sotheby’s como podendo ter um preço entre 2,5 e 3,5 milhões de dólares, o Gullwing vermelho (tom, na origem, denominado como Fire Engine Red), anunciado como “The Las One”, parecia ter todas as condições para “levantar asas”.
Por um lado, o facto de ser o último de uma geração gloriosa. Por outro, o ter sido incluído num leilão solidário – a favor da fundação amfAR, que se dedica à investigação da cura da SIDA –, onde só seriam vendidos cinco automóveis.
O leilão rendeu no total cerca de 11 milhões de dólares, mas os 2,4 pagos pelo 300 SL Gullwing fazem dele apenas o quarto mais caro da história.
Desta forma, o automóvel vendido, em Janeiro passado, pela Barrett-Jackson, no seu leilão de Scottsdale – por 3.410.000 dólares – continua a ser o Gullwing “de série” mais caro de sempre, sendo que para esta contabilização não contam, naturalmente, os de carroçaria em alumínio.
Entretanto, horas depois de terminado o leilão de Las Vegas, a mesma RM/Sotheby’s leiloou em Munique um outro 300 SL Gullwing – neste caso um modelo de 1955, prateado com o interior em vermelho. Foi comprado por 1.411.250 euros.
Mais uma vez, qualificá-lo como “barato” é possível, mas sempre questionável…
Foto: RM/Sotheby’s
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