Leilão deste mês em Munique com muitas raridades.
A RM/Sotheby’s realiza no próximo dia 23 em Munique um leilão de 59 automóveis e quatro motos. Os (e as) BMW estarão em maioria, mas não faltarão raridades como quatro automóveis EMW e três Veritas.
Quer uma marca quer a outra (menos a Veritas, que já este século teve uma tentativa de renascimento, pela mão da VerMot AG) são hoje uma ténue memória, sendo que ambas têm em comum a origem… BMW.
A EMW (correspondente a Eisenacher Motoren Werke, em vez de Bayerische Motoren Werke) mais não não foi do que a continuidade da marca bávara a partir das instalações de Eisenach, que depois da divisão da Alemanha, após o Armistício, ficou do lado soviético.
Continuando a fabricar automóveis ao longo da Década de 50 – chegando, inclusive, a criar um Fórmula 1, que participou no G. P. da Alemanha de 1953 –, até 1952 utilizou a denominação BMW, sendo forçada, nesse ano, por decisão judicial, a mudar para EMW.
Dessa produção, quatro automóveis, provenientes da Munich Masterpieces Collection, chegaram ao catálogo do leilão da RM/Sotheby’s: um 340, de 1953, dois 327/2 Sport Coupé, de 1955, e um 327/2 Sport Cabriolet, de 1956.
O primeiro do quarteto está estimado entre 20 e 30 mil euros, valor muito inferior aos 80 a 120 mil euros, para os restantes três.
Valores bem mais elevados e história diferente, mas também assente na BMW, têm os Veritas.
A marca foi criada em 1947 por Ernest Loof, Georg Meier e Lorenz Dietrich, utilizando como base mecânica o BMW 328 pré-Guerra.
Apresentando o seu primeiro modelo com a denominação de BMW-Veritas e apesar de ter permitido ao piloto Karl Kling sagrar-se campeão germânico, rapidamente foi impedida pelo construtor bávaro de utilizar BMW no seu nome.
Continuou a história apenas como Veritas, chegando ao leilão de Munique três modelos, provenientes da Aumann Collection: um Großmutter (em português “Avó”), de 1947, estimado entre 400 e 500 mil euros, um RS (na imagem), de 1948, avaliado entre 550 e 750 mil euros, e um Meteor, de 1951, avaliado entre 250 e 350 mil euros.
Apostando na construção de automóveis de estrada a partir de 1949 – o primeiro modelo foi o Komet, baseado no RS – começou a enfrentar sérios problemas financeiros, que viriam a ditar, em pouco tempo, o fim do sonho de continuar como fabricante.
Foto: RM/Sotheby’s
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