O dia em que a Fiat apaga 125 velas

Fabbrica Italiana Automobili Torino foi criada a 11 de Julho de 1899.

Um empresário (Giovanni Agnelli) e um banco (o Banco di Sconto e Sete) reuniram-se no dia 11 de Julho de 1899 para celebrar a escritura de constituição da sociedade anónima Fabbrica Italiana Automobili Torino. Nascia assim a FIAT, SA., que hoje tem 125 velas para apagar.

Alterações de última hora – Michele Lanza decidiu afastar-se do projecto – transformaram em principal accionista da nova empresa Giovanni Agnelli, ele que acabara de comprar os direitos do protótipo Well-Eyes (criado por Giovanni Battista Ceirano), base do primeiro Fiat.

Ainda nesse mesmo ano de 1899, da fábrica de Turin haveriam de sair as primeiras unidades do Fiat 31/2 HP (na imagem), o primeiro modelo da marca.

Iniciavam-se assim 125 anos de história que se confundem com a história da própria Itália. Os modelos 508 Balilla e o 500 Topolino marcaram o início da motorização em massa para os italianos, enquanto o Fiat 600 e o Nuova 500, lançados em 1957, acompanharam a nação no boom económico. 

Giovanni Agnelli, neto do fundador, apenas chegou à liderança da empresa em 1966, vindo a abandonar o cargo quando atingiu 75 anos de idade (1996), como estabeleciam os estatutos da empresa.

Passando posteriormente por algumas dificuldades, Umberto Agnelli (irmão de Giovanni) assumiu a liderança em 2003, antes de Cesare Fiorio (2004), então presidente da Ferrari, ter sido escolhido pela família para gerir os seus interesses.

John Elkann, herdeiro da família, foi nomeado vice-presidente aos 28 anos de idade – com Sérgio Marcchionne como presidente – e a Fiat começa a viver tempos de grande transformação.

O Grupo aproveitou a crise económica nos EUA e passou a assumir o controlo da Chrysler e a 21 de Abril de 2010 a assembleia de accionista nomeou John Elkann presidente do Grupo Fiat.

A reestruturação total do Grupo levou, em 2014, à criação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), hoje Stellantis.

“Aos longo deste 125 anos, a Fiat passou por crises, guerras e desastres naturais. No meu caso, os últimos 25 anos foram difíceis, tanto que tivemos medo de não conseguir ultrapassar as muitas adversidades que enfrentámos. Porém, nunca paramos de trabalhar, de procurar soluções, de acreditar no nosso futuro e de defender tenazmente o que construímos”, comentou John Elkann, a propósito da efeméride.

Foto: Stellantis