“Classic Car Auction Yearbook” revela que o volume de negócios a nível mundial quase duplicou num ano.
Há quem chame ao “Classic Car Auction Yearbook” a Bíblia dos leilões. De autoria de Adolfo Orsi, a edição referente a 2021-2022 acaba de ser lançada, contendo alguns dados interessantes. O principal deles é o facto de o mercado global ter crescido para quase dois mil milhões de dólares.
Compilando um total de 8.431 vendas, realizadas por 23 leiloeras, Orsi chegou ao total de 1.929.000 dólares, que hoje, face ao câmbio actual, é praticamente o mesmo em euros. Um valor substancialmente superior aos 1.037.000 de 20/21.
Já na sua 27ª edição – a primeira foi lançada, em 1994, quando ainda não existiam, como hoje, múltiplos sites com informação sobre o mercado – o “Classic Car Auction Yearbook” também se foi adaptando e na edição agora lançada passou a incluir também as vendas online, feitas pelas leiloeiras tradicionais e também por aqueles que trabalham exclusivamente na net, como as plataformas Bring-a-Trailer, Collecting Cars ou TheMarket (propriedade da Bonhams).
No período analisado (de 1 de Setembro de 2021 a 31 de Agosto de 2022), os leilões online representaram 340 milhões de dólares, quase metade deles referentes à venda recorde, levada a cabo pela RM/Sotheby’s, do Mercedes-Benz SLR Uhlenhaut (na imagem), comprado por 142 milhões de dólares.
Segundo Orsi, a tendência do mercado diz que os carros jovens estão a subir muito rapidamente: automóveis fabricados após o ano 2000 já representam 19,99% das vendas em leilão e os chamados “modernos” (de 1975 a 1999) também estão bem representados nos leilões, com 21,49% do mercado.
De qualquer modo, as duas maiores fatias do mercado continuam a ser os chamados “Pós-Clássicos” (de 1965 a 1974), com 24%, e os “Clássicos (de 1946 a 1964), com 23,32%.
Regista ainda Orsi que modelos como o Mercedes-Benz 300 SL continuam a aumentar de valor, enquanto o Jaguar E-Type está enfraquecendo. Já entre os mais recentes, como o Ferrari 40 e o Porsche 959, os valores estão “explodindo”.
Foto: Daimler Media
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