Carlos Tavares (Sttellantis) e Jim Farley (Ford) alinharam em grelhas diferentes.
Jim Farley, CEO da Ford Motor Company, foi um dos cerca de mil pilotos que correu no passado fim-de-semana no Le Mans Classic. A presença foi noticiada em todo o mundo, destacando-se o segundo lugar obtido. Notícias que (até em Portugal…) omitem quem venceu – o português Diogo Ferrão – e o facto de não ser o único CEO ao volante. “Esquecido” outro português, Carlos Tavares, líder da Stellantis, que também lá esteve a correr.
Farley e Tavares têm em comum o facto de serem CEO’s de dois dos maiores grupos automóveis do mundo e de, nas horas livres, darem largas à sua paixão de competir com máquinas de outros tempos.
Não são, aliás, os únicos CEO’s do mundo automóvel com esse hábito. Pelo menos, Akio Toyoda, da Toyota, e Mark Reuss, da General Motors, também têm o mesmo hobby.
Voltando a Le Mans e aos que lá estiveram presentes – em grelhas diferentes – Farley alinhou ao volante de um Ford GT40, preparado pelos belgas da MECauto, dando-se por bastante contente com o segundo lugar obtido do Plateau 4, como dissemos, apenas batido por Diogo Ferrão.
Na sua página pessoal do Twitter, Farley – que, em 2020, aquando da sua nomeação, recebeu uma autorização especial da empresa para que pudesse continuar a correr – agradeceu à equipa e afirmou que a sua presença em Le Mans foi “um sonho tornado realidade. Terminar no pódio do Le Mans Classic com um GT40. Três horas a correr a fundo, contra alguns dos melhores pilotos que conheço”.
Alinhando no Plateau 6, ao volante de um Chevron B21, de 1972, Carlos Tavares, como já vem sendo habitual, voltou também a alinhar no Le Mans Classic.
Uma participação que deixou o CEO português satisfeito, apesar dos azares que lhe bateram à porta.
Na página de Facebook dedicada às suas paixões pessoais – a competição automóvel e a produção de vinhos no Douro – Carlos Tavares revelou que quando se preparava para se dirigir para a grelha da primeira corrida foi descoberta uma fuga de água no radiador do Chevron.
“Um conserto de sorte, com muito endurecedor, permitiu partir in extremis! Depois, foi uma corrida em bom ritmo, apesar de estar sempre de olho na temperatura da água. No final uma boa P3 na categoria (P20 na Geral)”.
Na segunda corrida, à noite, surgiu um novo problema: a falta de máximos quando atingia a velocidade máxima.
Nada satisfeito com a P5 na categoria (P24 na Geral) nessa segunda corrida, Carlos Tavares só na terceira vez que se fez à pista é que teve as condições ideais, levando o Chevron B21 a recuperar da 37ª posição na grelha até ao 14º posto absoluto, 3º na categoria.
No somatório das três corridas, Carlos Tavares terminou o somatório da sua participação com o quarto lugar no Índice de Performance, terceiro na sua categoria e 11º da Geral do Plateau 6, ou seja, no lugar imediato a outro português, Frederik Da Rocha, que alinhou em Lola T298, de 1979.
Foto: Twitter de Jim Farley
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