Ferrari 250 GT TDF “Best of Show” e Lancia Dilambda Serie I Drop Head Coupé o eleito do público.
Um Ferrari 250 GT TDF, de 1956, foi este ano o eleito pelo Júri do Concurso de Elegância de Villa d’Este para “Best of Show”. Ao mesmo tempo, a Coppa d’Oro, troféu atribuído em resultado da votação do público, foi entregue ao Lancia Dilambda Serie I Drop Head Coupé, de 1930. Dois modelos italianos que regressaram a casa para triunfar.
Mantendo a tradição de décadas – que muitas vezes tem resultado em dois prémios para o mesmo automóvel – a atribuição de dois galardões em Villa d’Este resultou este ano em dois vencedores diferentes.
Dos Estados Unidos, pela mão do seu actual proprietário, Brian Ross, veio o Ferrari 250 GT TDF, acrónimo de Tour de France. No caso particular do automóvel agora vencedor, ele foi o segundo Tour de France a ter sido fabricado, sendo que a sua estreia em competição não se deu na clássica francesa.
Antes pelo contrário, no mesmo dia em que recebeu matrícula, este 250 GT estreou-se nas Mille Miglia, sendo que depois fez carreia em provas de Montanha, averbando muitas vitórias.
Ao apresentar-se imaculadamente restaurado, com um aspecto “civil”, torna-se difícil imaginar todo esse glorioso passado desportivo.
Completamente diferente é a história do Lancia Dilambda Serie I Drop Head Coupé, não só por se tratar de uma automóvel dos anos 30 como pelo facto de ser um italiano… com carroçaria britânica, concebida pela casa Carlton Carriage.
Modelo único, fabricado em 1930, hoje propriedade Filippo Sole – restaurador e especialista e, mais do que isso, entusiasta da Lancia – este Bilambda arrebatou a maioria dos votos do público.
Não tanto pelo seu motor V8, de quatro litros, compacto e com um ângulo da inclinação dos cilindros reduzido para 24 graus, que debita 100 cavalos, mas pelo seu design inovador e… único, uma vez que a Carlton Carriage não fabricou mais nenhum.
Numa edição do Concorso d’Eleganza praticamente normal, a edição deste ano, para além dos prémios, ficou marcada pela exibição do protótipo do Lamborghini Countach LP 500, restaurado graças a 25 mil horas de trabalho do Polo Storico e a apresentação de novos modelos, com especial destaque para o Rolls-Royce Boat Tail, anunciado como o automóvel mais caro de sempre, já que deverá custar cerca de 23 milhões de euros.
Fotos: BMW Group
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