Maserati “barn find” regressa a leilão

Seis anos depois de ter sido vendido (e apenas com a mecânica restaurada) o A6G/54 ex-Colecção Baillon está no catálogo da Gooding & Company.

Foi uma das estrelas do leilão da Artcurial em Paris no ano de 2015. Um Maserati A6G/54, com carroçaria Frua, um dos “barn find” da colecção Baillon. Agora, apenas com a mecânica revista, volta a estar à venda, constando do catálogo da Gooding & Company para Monterey.

Os que nos seguem e que têm boa memória certamente lembrar-se-ão da venda da colecção Baillon, em Paris. A venda tornou-se célebre por assentar no “achado” dos herdeiros de Roger Baillon, que nos armazéns do “château” da família encontraram dezenas de automóveis, o segundo mais valioso um Maserati A6G/54, que foi então vendido por 1.962.400 euros.

Sabe-se quase toda a história deste Maserati – ele que foi exposto no Salão de Paris de 1956 e comprado por Roger Baillon no ano seguinte – desde que ele foi vendido em Paris.

Levado para os Estados Unidos, foi confiado à Phil Reilly and Company , empresa californiana especializada no restauro de desportivos.

O novo proprietário (e único daí até agora) deu a indicação de que queria a mecânica restaurada, por forma a que o Maserati estivesse funcional, mas não queria qualquer intervenção na carroçaria.

Desde que ficou concluído o trabalho solicitado o Maserati A6G/54 quase não parou: foi levado para o Concurso de Elegância de Pebble Beach, concorrendo ao prémio Preservação, recebeu o Prémio da FIVA, voltou a atravessar o Atlântico, para participar nos concursos de Villa d’Este e de Hampton Court e, já este ano, participou no California Mille 2021, evento criado em sua homenagem.

Agora, sem que o proprietário explique o motivo, é colocado à venda, tendo um preço mínimo estimado apenas um pouco superior aquele por que foi vendido há seis anos: entre 2,1 milhões de euros. E 2,7 milhões de euros como valor máximo.

No próximo dia 13 saberemos se haverá alguém disposto a comprá-lo e se o novo proprietário manterá a opção de lhe manter a “patine”.