Propostas de Verão com sortes diferentes

Do Fiat 600 Jungla Savio (vendido) ao Jolly 600/750 Ghia (que ficou sem comprador).

Verão. Monte Carlo. Que melhor altura para leiloar carros de praia? Apesar disso, as duas ofertas do leilão da Artcurial tiveram sorte diferente: o Fiat Jolly 600/750 Ghia não encontrou comprador, enquanto que o menos conhecido 600 Jungla Savio mudou de mãos por quase 28 mil euros.

Bem menos conhecido do que o Jolly, o modelo Jungla tem uma história curiosa, que na sua origem nada tinha a ver com a praia.

Na realidade, o Jungla, apresentado pela primeira vez no Salão de Turim de 1965, assente na mecânica do Fiat 600, destinava-se a ser um veículo militar, que poderia ser lançado, com pára-quedas, a partir de aviões.

Produzido nas instalações das Carroçarias Savio, o Jungla acabou por não ser escolhido pelas Forças Armadas – embora tenha sido acolhido pela Guarda Florestal – e teve de encontrar outro destino, que lhe permitiu, no total, escoar 3.200 unidades fabricadas.

Com algumas transformações típicas dos carros de praia – bancos em verga, tecto em lona, portas removidas, etc. –, surgiu mais tarde com o sobrenome de “Kelly 600” (em homenagem à princesa Grace Kelly), tornando-se bastante popular no Mónaco, onde este exemplar de 1966, foi agora vendido, por €27.840.

Já o Fiat 600/750 Jolly Ghia é bem mais conhecido, ou não fosse ele descendente do primeira carro de praia, o Nuova 500 Jolly, concebido em 1957 por Sergio Sartorelli.

No caso do exemplar que subiu ao palco do leilão da Artcurial, trata-se de um modelo de 1963, dotado de origem de um motor de 750cc – daí a denominação 600/750 –, tendo sido inicialmente vendido para a Grã-Bretanha, sendo que actualmente tem matrícula monegasca.

Com um valor estimado pela leiloeira entre os 80 e os 120 mil euros, recebeu como maior oferta 70 mil euros, valor que não chegou para convencer o vendedor.