Os 26 concorrentes à Elegância estão avaliados em mais de 250 milhões de dólares.
O Cavallino Classic é, em todo o mundo, o mais importante concurso de elegância exclusivo para modelos da Ferrari. Foi criado em 1992, nos Estados Unidos, e este ano decidiu mudar de palco. Terá lugar, a partir de amanhã, em Modena, a cidade de Enzo Ferrari.
O concurso que agora terá lugar será uma edição extraordinária do Cavallino Classic, denominada “Concorso di Modena”, tendo lugar na Casa Maria Luigia, até ao próximo domingo.
“O Cavallino Classic é um evento extraordinário”, afirma Luigi Orlandini, presidente da Canossa Events, que em 2020 adquiriu a Cavallino Inc.. “Fez história criando a base para o desenvolvimento do coleccionismo Ferrari, dando um exemplo, seguido por muitos, sobre os métodos de julgamento dos automóveis a concurso. Com o fundador da Cavallino Classic, John Barnes, há muito que acalentávamos a ideia de levar o concurso de elegância a Modena, a capital italiana do automóvel, onde escolhemos outro local simbólico, ligado à tradição culinária: a Casa Maria Luigia, de Massimo e Lara Bottura”.
Os participantes na Elegância vêm de quatro continentes diferentes e o nível dos automóveis presentes fala por si, com 26 modelos extraordinários inscritos na competição, quase todos restaurados em Modena, alguns dos quais serão mostrados ao público pela primeira vez em décadas. São 26 exemplares que, juntos, têm um valor total de mais de 250 milhões de dólares.
Entre os presentes estarão alguns dos exemplares mais importantes da história da Ferrari.
O mais antigo será o Ferrari 166 MM Berlinetta Touring, chassis #0048, o terceiro de apenas cinco carros produzidos nesta configuração.
Concluído no Verão de 1950, foi vendido novo a Angelo Biemi, que o manteve por um ano, sem competir, antes de vendê-lo a Luciano Masseroni, que o usou para correr as 1000 Miglia de 1951.
Vários proprietários subsequentes usaram-no para competir nos cinco anos seguintes, durante os quais o 166 correu mais três edições das 1000 Miglia.
Vendido para a Suíça, acabou destruído num acidente contra um autocarro, sendo posteriormente resgatado por um entusiasta local. Cuidadosamente restaurado, foi devolvido à sua cor azul original, encontrada sob várias camadas de cores diferentes.
Presente também estará o 250 GT Berlinetta, chassis #0507, o segundo a ser produzido da primeira série, um carro da versão Competizione, com carroçaria totalmente em alumínio, que correu, sem acabamento, as 1000 Miglia de 1956.
Para o público menos especializado, o mais icónico dos modelos presentes será o Ferrari 250 GTO, de 1962 (chassi #3445 GT), vendido novo, em Itália, ao editor Luciano Conti que o comprou formalmente em nome do cavalheiro piloto Sergio Bettoja, sendo que quem estava por trás dessa compra era o conde Giovanni Volpi, que acabou na lista negra de Enzo Ferrari devido às modificações que fez nos carros produzidos em Maranello.
Um Ferrari 275 P, de 1963 – nada menos do que o carro vencedor das 24 Horas de Le Mans de 1963, com Ludovico Scarfiotti e Lorenzo Bandini ao volante –, será outra das estrelas do certame, onde não faltam modelos mais recentes, como um 333 SP, de 1994, e super-carros de estrada, como o 288 GTO, F40, F50 e Enzo.
No comments: