Menos de 90 automóveis distribuídos por sete grelhas.
Cancelado em 2020, o Grand Prix Monaco Historique realiza-se este fim-de-semana. Promete ser uma festa, mas com poucos participantes em pista e bancadas, apenas, reservadas… a residentes.
Apesar de se realizar, o Grande Prémio Histórico estará longe do que se imaginava quando foi pensado. Ainda há um mês a lista de inscritos contava com 170 automóveis e, de acordo com a organização, neste momento já só estão confirmados 90, distribuídos por sete grelhas.
Programado para ser uma celebração dos 70 anos da primeira vitória da Ferrari na Fórmula Um – o triunfo de Froilan Gonzalez, em Silverstone, em 1951 – para recordar a história da marca de Maranello estarão em pista alguns automóveis especais.
O Alfa P3, recordando o tempo em que a Scuderia Ferrari ainda não corria com os seus automóveis, um Dino 246, o último monolugar de motor dianteiro a ganhar um grande prémio e um 250 Mille Miglia, evocando o ano (1952) em que o G.P. do Mónaco foi disputado por viaturas de Sport.
Em pista estarão, ainda, um 1512, que proporcionou a Phil Hill (1961) e John Surtees (1964) o título mundial de pilotos, quatro 312, dos anos 60, e dois 312B3, dos anos 70, que terão ao volante Jean Alesi e René Arnoux.
Sendo a grelha mais antiga (13 carros) reservada aos Pre-War a mais recente e mais concorrida (19 inscritos) será a reservada aos fórmula fabricados entre 1977 e 1980.
Em dúvida durante meses, a realização deste evento avançou em definitivo quando as autoridades monegascas anunciaram que, apesar da solidariedade para com as vizinhas regiões francesas, “o Principado toma as suas decisões em plena soberania”. Acrescentou, então, o ministro de Estado, Pierre Dartout, ao revelar o alívio das medidas restritivas em vigor, que “não é uma questão de triunfalismo, mas o resultado de uma série de desenvolvimentos favoráveis", acrescentando que o Mónaco passou a ter uma taxa de incidência do vírus covid-19 de 80 por 100.000 habitantes.
Com esse anúncio foi dada “luz verde” para a realização do Grande Prémio Histórico, que se diz que funcionará como balão de ensaio para a realização, em Maio, da prova do “Mundial” de Fórmula Um.
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