Há meio século, acidente em Goodwood tirou a vida a um dos mais geniais pilotos de todos os tempos.
Quem diria que aquele rapaz, que nasceu em Auckland, Nova Zelândia, a 30 de Agosto de 1937, viria a ser um figura mundialmente conhecida. Tinha tudo para correr mal… menos o seu génio. Aos 14 anos já corria e aos 23 já era vice-campeão do Mundo de Fórmula 1. Criou a sua equipa aos 26, mas a 2 de Junho de 1970 o sonho tornou-se um pesadelo: Bruce McLaren morreu nesse dia, na pista de Goodwood.
Hoje, passados 50 anos, a única filha de Bruce, Amanda McLaren, prestou homenagem (ver o video da McLaren Automotive) ao seu pai, que quem o conheceu apelidava de “Génio”.
Amanda ajudou a acender 50 velas em torno de uma estátua do seu pai e de um McLaren M8D, “irmão” daquele que lhe tirou a vida.
Sofrendo da doença de Perthe, que o deixou paralisado na infância e que fez com que tivesse a perna direita cinco centímetros maior do que a esquerda, isso não impediu Bruce McLaren de ter disputado a sua primeira corrida aos 14 anos, uma rampa que disputou ao volante de um Austin 7 Ulster.
Aos 16 estreou-se em pista e aos 20 já dominava o automobilismo neo-zelandês.
Ainda não tinha completado 21 anos quando alinhou, em Nürburgring, no seu Grande Prémio de estreia, o primeiro de um total de 101.
Corria então com um Cooper alugado, no que deveria ser uma experiência breve. Mas ficou por oito anos, até que a Cooper deixou a F. 1.
Viu então a oportunidade de fazer chegar ao Circo a sua Bruce McLaren Motor Racing Ltd., que fundara, com o seu amigo Teddy Mayer, em 1963.
Sete anos depois, a McLaren já fabricara automóveis para as mais diversas fórmulas (Um, Indy, Tasman, Atlantic, etc.), Sport-Protótipos e modelos Can-Am.
Seria num destes últimos automóveis – o McLaren M8D, que o seu amigo Denny Hulme acabaria por levar ao título de Can-Am nesse mesmo ano –, numa sessão de testes, em Goodwood, que encontraria a morte, quando se soltou uma parte da carroçaria e o despiste se tornou inevitável.
Chegava ao fim a carreira meteórica de um homem que, diz quem o conheceu, era um excepcional piloto, engenheiro, ensaiador e gestor.
Mais do que o facto de se ter tornado no mais jovem piloto a vencer um Grande Prémio (ao triunfar no G.P. dos Estados Unidos de 1959, com 22 anos e 104 dias) ou de ter triunfado nas 24 Horas de Le Mans de 1966, Bruce McLaren deixou um legado que a sua filha hoje lembrou.
Comprada nos anos 70 por Ron Dennis e depois com o percurso vitorioso que se conhece, a McLaren (hoje McLaren Group, com interesse que vão bem para além da competição automóvel) passou a ter, a partir de hoje, no seu Technology Center, uma estátua que perpetua para sempre a imagem de Bruce McLaren, ilustrando que, 50 anos volvidos sobre a sua morte, o seu espírito continua vivo.
50 velas acesas por Bruce McLaren
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