Colecção Petitjean: uma centena em venda online

Leilão deveria ter sido a estrela do Salão de Essen.

Marcel Petitjean foi um razoável piloto francês dos anos 60. Depois deixou as pistas (mas manteve os bólides) e dedicou-se aos negócios… e a coleccionar automóveis. Sonhou ter um museu, mas nunca encontrou apoios. Agora a sua colecção será vendida, de 3 a 11 de Junho, num leilão exclusivamente online.

Inicialmente, o leilão da Colecção Petitjean deveria ser uma das atracções da Techno-Classica Essen – entretanto adiado para 2021, sendo que deverá existir uma “mini-edição” do salão, de 28 de Novembro a 6 de Dezembro, no âmbito do Essen Motor Show –, mas, pelas razões conhecidas, quase tudo teve que ser alterado.

Quase tudo, mas não o catálogo, que continua a ser de uma riqueza e variedade pouco comuns.

Dele constam, por exemplo, automóveis com que Marcel Petitjean correu, como o Porsche 904 GTS, o chassis 062, acabado de construir no dia 25 de Março de 1964 e entregue novo, em Marselha, a Petitjean e hoje avaliado entre 700 e 900 mil euros.

O 904 GTS está longe de ser o único Porsche do catálogo – no total são 22 automóveis da marca germânica, a que se somam ainda mais três tractores e, até, um motor TAG Turbo, de F. 1, do ano de 1984 – e nem é o construtor alemão o mais “brilhante”.

Na verdade, no âmbito dos vários negócios que desenvolveu após retirar-se das pistas, Petitjean foi, de 1991 a 1991, representante da Lamborghini para a região de Estrasburgo, juntando então uma dúzia de exemplares de eleição do fabricante de Sant'Agata Bolognese: entre eles, um Miura P400, de 1968, um Islero, de 1970, um Countach LP400S, de 1979, e um Diablo, de 1991.

De um total de 96 automóveis, da colecção constam ainda exemplares como um Bugatti T 57 Cabriolet, de 1939, um Mercedes-Benz 300 SL Roadster, de 1958, vários Maserati, Ferrari e Aston Martin e dois Alfa Romeo 6C, um Cabrio, de 1948, e um fechado (“Ministeriale”), de 1939.