Pandemia… de "barn finds"

Nos últimos dias multiplicaram-se as descobertas "milagrosas" de Clássicos abandonados.

O "Fiquem em Casa", no mundo dos Clássicos, parece estar a ter um efeito surpreendente: talvez por terem mais tempo, por estarem em casa, muitos têm aberto as portas de armazém há muito fechados e encontrado no seu interior verdadeiros tesouros. É uma quase pandemia de "barn finds".

Basta uma ronda pela imprensa internacional da especialidade que se vê como se multiplica nos últimos dias a quantidade de automóveis antigos abandonados no interior de armazéns.

Há uma semana foi notícia (a partir de um vídeo publicado no YouTube, no canal AMMO NYC) um ajuntamento de mais de 300 automóveis – alguns de elevado valor, como um Bizzarrini P538, vários Ferrari e Lamborghini e muitos modelos norte-americanos.

Segundo o divulgador inicial da história, Larry Kosilla, os armazém foram guardando automóveis ao longo dos últimos 30 anos e em breve o seu proprietário (que requereu o anonimato) acabarão em leilão.

Quase ao mesmo tempo surgia a notícia do "aparecimento" de uma outra colecção, no Kansas, de 140 automóveis, esta mais diversificada, com modelos dos anos 20 aos anos 80.

E, dias depois, uma outra descoberta: as dezenas de automóveis (incluindo um Mercedes 300 SL Gullwing) que um médico recém-falecido terá juntado, durante décadas, no Indiana.

Ambas anunciadas como vindo a ter um leilão, em Outubro…

A "cereja no topo do bolo" acabou de surgir na forma de um Ferrari 250 GT/E 2+2, de 1961, escondido durante décadas dentro de uma garagem na Califórnia.

A notícia surgiu a partir da Beverly Hills Car Club (apesar do nome, não se trata de uma associação mas uma empresa de venda de Clássicos), que já o colocou à venda, no estado em que foi encontrado, com o preço de 265 mil dólares, justificado pelo facto de ser um Serie I, do qual só foram fabricadas 300 unidades.

Verdadeiros achados ou meras campanhas de marketing?

Não estamos em condições de dar a resposta. Mas parecem uma pandemia…