Rosa Ogawa, a primeira "Race Queen" da história.
Mudam-se os tempos… O director de operações comerciais do Mundial de Fórmula 1 anunciou que a partir deste ano deixarão de existir "grid girls" nas grelhas de partida da categoria rainha do automobilismo. Chega ao fim, pelo menos na F. 1, uma prática com quase meio século.
Chamam-lhes "Pit Babes" na Grã-Bretanha, "Pretties" na Tailândia ou "Racing Models" na Coreia. No Japão, onde a prática se iniciou, têm o nome mais sonante: "Race Queen".
Rosa Ogawa, modelo e cantora, então com 22 anos, namorava com o piloto oficial da Toyota Kawai Minouri. Em 1969 foi contratada pela Cosmo Oil para acompanhar ao pódio o vencedor dos 500KM de Suzuka.
E o vencedor foi nada menos do que o seu namorado. Rosa fez furor na grelha de Suzuka (onde Minouri viria a morrer, algum tempo depois, no decorrer de uma sessão de testes) e a moda alargou-se a todos os continentes.
De Indianapolis a Silvestone, de Interlagos a Le Mans, sem escapar Portugal, a moda de ter modelos a acompanhar os pilotos nas grelhas de partida, com um guarda-chuva ou a placa com o respectivo nome, generalizou-se a todo o mundo.
Para a história ficaram momentos como as campanhas do bronzeador Hawaiian Tropic – que, nos anos 70, decidiu promover a sua marca colocando modelos de biquini na grelha de Le Mans – ou as da Benson & Hedges, pela mão de Eddie Jordan.
"Sentimos que este costume não reflete os valores da nossa marca e está claramente em discordância com as normas da sociedade moderna dos dias de hoje", justificou o director de operações comerciais da Fórmula 1, Sean Bratches.
Aplaudida de imediato por algumas organizações, a medida dificilmente terá eco em alguns países, nomeadamente no Japão, onde tudo começou. É que, no País do Sol Nascente, ser "grid girl" (ou melhor, "Racing Queen", como ali é chamada) continua a ser sinónimo de prestígio, valendo às protagonistas o estatuto de verdadeiros ídolos.
Aqui ficam algumas "memórias".
O fim das "grid girls"
Reviewed by Auto Vintage
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1.2.18
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