Partiu o "finlandês voador" original
Há quem diga que a designação que depois de se generalizou a todos os seus compatriotas foi originalmente aplicada a si. Timo Mäkinen, um dos melhores pilotos de Ralis de todos os tempos, morreu ontem, aos 79 anos.
Começando a sua carreira em 1959 – ao volante de um Triumph TR3, tendo o irmão como navegador – Mäkinen foi dos primeiros a levar os Mini para os Ralis. De tal modo que a fábrica, em 1962, lhe confiou um dos Cooper, para participar no RAC Rally. Terminou em sétimo, mas as indicações que deu a Stuart Turner foram de tal modo positivas que a marca britânica passou a contar com ele como piloto oficial.
Foi já nessa qualidade que disputou a temporada de 1963 – alternando a condução do pequeno Cooper com a dos potentes Austin Healey 3000, em que a BMC também apostava –, durante a qual venceu pela primeira vez, num rali finlandês.
Ainda fazendo algumas provas ao volante de um Volvo PV-544, foi com o Mini Cooper que conseguiu o primeiro grande triunfo internacional, no Rally das Tulipas de 1964.
No ano seguinte repetiu esse êxito, mas, mais importante, venceu o Rallye de Monte Carlo. Em 1965, pela primeira de quatro vezes, ganhou o "seu" 1000 Lagos, novamente com o Mini Coopper.
Passaria depois para o volante do Ford Escort RS 1600, com vitórias no 1000 Lagos de 1972 e de 1973, assim como no Rally do Ártico, duas vezes o RAC (1973 e 74) e Costa do Marfim.
Em 1975 somou mais um triunfo no RAC (Ford Escort RS 1800) e em 1976 voltou a vencer nas Costa do Marfim, ao volante de um Peugeot 504 V6.
Por falar em Peugeot, em 1978 foi inolvidável a sua única participação no Rallye de Portugal, com um pequeno 104 ZS. Navegado por Jean Todt, terminou em sétimo, dando espectáculo ao longo de todo o percurso.
Sempre ligado aos automóveis – guiou, ainda, para a Fiat, Nissan, Mercedes e Toyota –, nos últimos tempos, funcionava, junto do Grupo BMW, como um embaixador dos Mini.
Fotos: BMW Group
Timo Mäkinen (1938-2017)
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